Lei aprovada de Liza Prado garante acolhimento em perdas gestacionais

A Câmara Municipal de Uberlândia aprovou nesta semana um projeto de lei de autoria da vereadora Liza Prado que representa um importante avanço na humanização do atendimento às mulheres que enfrentam a dor da perda gestacional.

A proposta determina a criação de espaços separados e adequados nos hospitais públicos para o acolhimento de mulheres que sofreram aborto espontâneo ou perda do bebê durante a gestação, garantindo-lhes privacidade, silêncio, acompanhamento psicológico e respeito ao luto.

Segundo a vereadora, a iniciativa surgiu a partir de relatos de mães que, em um dos momentos mais dolorosos de suas vidas, foram internadas nos mesmos ambientes destinados a puérperas e recém-nascidos.

“Muita gente não sabe, mas essas mulheres são obrigadas a ouvir o choro de bebês, ver famílias comemorando nos corredores, enquanto vivem o luto mais profundo. É como rasgar uma ferida aberta, sem anestesia. Isso não pode continuar acontecendo”, afirmou Liza Prado, visivelmente emocionada após a aprovação do projeto.

O texto agora segue para sanção do prefeito. A vereadora afirmou que irá solicitar urgência na promulgação da lei, para que os hospitais possam se adaptar e oferecer um atendimento mais digno e respeitoso.

“A perda gestacional é real. Humanizar esse momento não é um favor — é um dever do sistema de saúde. Esse projeto é uma forma de reconhecer a dor dessas mulheres e garantir que elas não passem por esse sofrimento sozinhas e invisíveis”, concluiu Liza.

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