Vereadora Liza Prado critica parecer da Comissão de Justiça e Redação e defende bocas de lobo inteligentes

A vereadora Liza Prado manifestou forte decepção após o parecer contrário emitido pela Comissão de Justiça e Redação desta Casa, que, segundo ela, contrariou a soberania do legislativo. Para a vereadora, a comissão deveria ter defendido os interesses desta Casa, citando inclusive o posicionamento do STF no RE 878.911/RJ, que garante ao poder legislativo a prerrogativa de apresentar projetos de lei com previsão de despesas para o Executivo – no caso, para o município.

De acordo com Liza Prado, o parecer se assemelha a “contratar um advogado que atue contra os seus interesses”, pois utiliza jurisprudência de forma desfavorável à Casa. Ainda, a vereadora destacou que a lei não obriga o Executivo a realizar substituições imediatas, mas abre a possibilidade para que o município adote soluções inovadoras, como a implantação de bocas de lobo inteligentes.Com uma simples adaptação, a caixa coletora evita que os bueiros entupam, previne alagamentos e ainda coleta materiais para reciclagem.

A discussão ganha ainda mais relevância após o trágico episódio envolvendo a jovem influenciadora Jhei, que, em um incidente recente, foi arrastada por aproximadamente 300 metros, reforçando a urgência de melhorias na infraestrutura urbana. No município de Rondon Pacheco, a situação se agrava: a água das chuvas escoa diretamente pelos blocos de bocas de lobo, muitos deles entupidos, o que eleva os riscos e os custos com manutenção.

Liza Prado ressaltou que, após acompanhar de perto os serviços de limpeza e manutenção dos sistemas tradicionais – onde os trabalhadores precisam adentrar fisicamente as bocas de lobo, enfrentando um serviço demorado e oneroso –, a proposta dos sistemas inteligentes se mostra uma alternativa sustentável e econômica. Segundo ela, a mecanização da manutenção promete reduzir os gastos e, mais importante, salvar vidas ao evitar danos ao patrimônio e à integridade física dos munícipes.

A vereadora concluiu afirmando que, embora a implantação dos sistemas inteligentes dependa da necessidade, reformas e disponibilidade financeira, a matemática é simples: investir em bocas de lobo inteligentes é uma solução sustentável que pode transformar a gestão urbana e prevenir tragédias.

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